Jesus é a Solução – Divaldo Franco
Vivemos um momento sociocultural dos mais graves na história da humanidade. Filosofias variadas ao lado da ciência e da tecnologia de ponta têm apresentado comportamentos variados que ainda não conseguiram tornar a criatura terrestre verdadeiramente feliz.
Pelo contrário, as fórmulas propostas por serem complexas algumas e outras banais, exigem demasiada ansiedade ou nenhuma responsabilidade, dando lugar a lutas íntimas que atormentam antes e depois de fruído o prazer, confundido com felicidade.
O hedonismo predomina em quase todos os rincões da convivência, e logo passadas as sensações que invariavelmente proporciona, tormentoso vazio existencial apodera-se dos sentimentos amargurados.
Indispensável que uma proposta ética de sabor imortal seja introjetada no ser moderno, de forma que o seu foco existencial não seja o puro e simples gozar. Nesse sentido, avulta-se o pensamento de Jesus, não apenas como o do Homem que dividiu a História, mas, sobretudo, pelo significado dos Seus conteúdos.
Algumas doutrinas religiosas do passado, assim como de hoje, preocupam-se com o Ser teológico, místico, diante da realidade asfixiante do momento. Esqueceram-se de que também no Seu tempo, guardadas as distâncias de ocasião e de lugar, Ele exerceu sobre as massas uma influência libertadora inimaginável, ensinando que no amor, que transcende os interesses mesquinhos de trocas e compensações, encontra-se a verdadeira plenitude.
Isto porque o sentido da vida não se extingue na sepultura onde tudo se aniquilaria, demonstrando a inutilidade de um comportamento saudável e afetuoso. A vida é indestrutível, alterando somente a forma pela qual se expressa. O corpo é uma veste do Espírito, assim como o pensamento, acionando-lhe os neurônios, se expressa no corpo material.
A energia pensante através dos impulsos elétricos nos axônios decodifica a onda mental que prossegue, mesmo quando esses degeneram e morrem. A mente é exteriorizada pelo Espírito que é o princípio inteligente do Universo, conforme eles próprios responderam, quando interrogados por Allan Kardec, podendo existir sem o corpo embora este não possa viver sem ele.
A Natureza não gastaria dois bilhões e duzentos milhões de anos na elaboração do ser humano, seguindo um projeto completamente organizado em incontáveis detalhes, para depois destruir ou transformá-lo em nada.
Esse planejamento, o mais notável que se conhece, é o coroamento do processo evolutivo universal. Ademais, em todos os tempos sempre houve manifestações post mortem, demonstrando a sobrevivência do Espírito à disjunção molecular.
Adquirindo-se a certeza dessa realidade, imediatamente ocorre ao pensamento, como viver-se para experimentar-se bem-estar antes e depois da morte física. De imediato, o amor responde a todas interrogações, conforme viveu e ensinou Jesus pelo exemplo que permanece como soberano código para a conquista da plenitude. Trata-se, portanto, de um comportamento filosófico e não apenas religioso como se apregoa incessantemente. Essa lição está na base de todas as religiões e mesmo fora delas, como diretriz de segurança para as criaturas humanas durante a trajetória terrestre.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, de 24 de janeiro de 2019.

Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista
Em um governo do passado, um dos seus ministros conduziu, oportunamente, um cão ao veterinário em carro oficial. Surpreendido por um repórter, este advertiu-o sobre a irregularidade que estava cometendo, e o mesmo respondeu enfático: – Os cães também são gente!
Acredito, pessoalmente, que o Sr. Ministro quis dizer que os animais também merecem o tratamento dado às criaturas humanas.
De imediato, foi ironizado e tornou-se motivo de troça.
Se ainda estiver reencarnado, ele poderá esclarecer que os animais estão sendo mais bem tratados do que os seres humanos.
O amor aos animais demonstra uma grande conquista pela sociedade, em razão do respeito à vida em todas as suas expressões.
Os animais merecem as mais carinhosas expressões de ternura e cuidados na condição em que estagiam.
Francisco, o santo de Assis, assim o fez, inclusive ao então terrível lobo de Gúbio. Entretanto, forçoso é considerar, como ocorre em todas as ideias que se transformam em tendência, isto é, se fazem voga, que nelas surgem comportamentos extravagantes.
Os animais, quando domesticados, tornam-se excelentes companheiros de pessoas enfermas, solitárias, portadoras de conflitos, inclusive depressão, autismo, síndrome de Down e outros problemas.
A solidão também requer muito o amor dos animais, tornando-os verdadeiros amigos e companheiros.
No entanto, em uma civilização na qual a miséria moral é muito grande, dela decorrendo a miséria socioeconômica, os excessos nos cuidados aos animais tornam-se uma afronta ao sofrimento dos invisíveis, que se tornam desagradáveis, desprezados e, não raro, perseguidos.
É compreensível que, através do amor, que deve viger entre as criaturas, este se expanda aos animais, aos vegetais, à natureza que nos mantém vivos e, ingratamente, a destruímos.
Substituir o afeto de um ser humano pelo de um animal é lamentável, porque os dois não são incompatíveis. Pode-se amar o gênero humano e também o animal, com o mesmo calor emocional e cuidado.
Algumas pessoas, sofridas e solitárias, referem-se que preferem amar aos inocentes animais do que aos indivíduos conscientes, que traem, magoam e são indiferentes aos seus padecimentos.
Não me parece feliz a troca afetiva, porque o instinto de preservação da vida também se encontra nos animais e, graças ao instinto, em algumas vezes sucedem graves acontecimentos entre esses e os seus cuidadores.
É inegável que tentar transformar um animal em um ser humano, por mais se cuide de trabalhar esse requisito, jamais se conseguirá. Entretanto, o amor que lhe seja dedicado é um passo gigantesco na afetividade que um dia será dirigida às criaturas humanas.
A evolução é inevitável e a força do amor invencível.